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MAÇARANDUBA

Nome científico: Manilkara sp.

Família: Sapotaceae

Local de Coleta: Belém-PA


Nomes Comuns: Batinga, Jaboticaba-de-macaco, Leiteiro-preto, Maçaranduba, Maçaranduba-de-igreja, Parajumirim


Características Gerais: O cerne de maçaranduba é marrom-avermelhado a vermelho claro na madeira recém-cortada, tornando-se vermelho a marrom avermelhado escuro após exposição ao ar. 0 alburno, marrom pálido, não é nitidamente diferenciado do cerne. A madeira possui textura fina e uniforme, não apresenta desenho ou brilho e a grã é, geralmente, direita. Cheiro e sabor são indistintos na madeira seca ao ar.

Preservação: Embora tenham sido feitos testes de preservação o tratamento da madeira de maçaranduba não é necessário,devido sua alta resistência à apodrecimento e ataque de insetos,podendo ser usada em contato com o solo, sem necessidade de medidas protetoras. Os resultados.dos testes revelaram que a madeira é difícil de ser preservada, fato que se evidencia por uma retenção baixa (média de 1.4 Kg/m3) e uma penetração insignificante (parcial e periférica). A espécie foi tratada com uma solução a 2% de cobre-cromo-arsênio (CCA).

Secagem em estufa: Embora a taxa relativa de contração de 1,4 seja muito favorável, a contração tangencial e radial na madeira de maçaranduba é muito alta, ocasionando forte ocorrência de rachamento, empenamento e endurecimento superficial devido à secagem. Entretanto, quando a madeira é empilhada de modo a assegurar uma secagem lenta, os defeitos podem ser mantidos em um nível mínimo, sendo que as amostras secadas não apresentaram defeitos sérios. A espécie é classificada como de difícil secagem.

Trabalhabilidade: Segundo testes de trabalhabilidade realizados no LPF, a madeira de maçaranduba é classificada como moderadamente difícil de ser trabalhada em condição verde e difícil de ser trabalhada em condição seca ao ar. Entretanto, o corte e acabamento produzem uma superfície lisa na madeira.

Uso final: Implemento agrícola, construção de barcos e navios, (convés e armação, quilha e partes estruturais submersas) carpintaria e construção (em geral), dormentes assoalhos, marcenaria e mobília, construção pesada, componentes industriais, ponte e construções marítima (acima d`água), estaca e construções marítima (submersas), instrumentos musicais, postes e pequenas estacas, esportes e atletismo, ferramentas manuais, torneamento.


Propriedades físicas

Densidade (g/cm³) Contração-de saturada a seca em estufa (%) Contração Tangencial/ Contração Radial
Seca Verde Básica Aparente Tangencial Radial Volumétrica
1,05 1,27 0,89 1,07 9,40 6,70 16,38 1,40

Propriedades mecânicas

Condição Flexão Estática (kgf/cm²) Compressão (kgf/cm²) Dureza Janka (kgf)
Módulo de Ruptura Módulo de Elasticidade (x 1.000) Paralelas às Fibras Perpendicular às Fibras Paralelas às Fibras Transversal às Fibras
Resistência à Ruptura Resistência no Limite Proporcional
Verde 1253,00 120,00 591,00 149,00 1046,00 1032,00
Seca 1729,00 142,00 841,00 198,00 1532,00 1464,00
Condição Flexão Estática (MPa) Compressão (MPa) Dureza Janka (N)
Módulo de Ruptura Módulo de Elasticidade (x1000) Paralelas às Fibras Perpendicular às Fibras Paralelas às Fibras Transversal às Fibras
Resistência à Ruptura Resistência no L.P.*
Verde 122,88 11,77 57,96 14,61 10257,78 10120,49
Seca 169,56 13,93 82,47 19,42 15023,83 14356,97

L.P. = Limite Proporcional

Condição Tração (kgf/cm²) Fendilhamento (kgf/cm) Cisalhamento (kgf/cm²) Extração de pregos (kgf)
Perpendicular às Fibras Resistência à Ruptura Resistência à Ruptura Paralelas às Fibras Transversal às Fibras
Resistência à Ruptura
Verde 53,00 120,00
Seca 69,00 158,00
Condição Tração (MPa) Fendilhamento (N/cm) Cisalhamento (MPa) Extração de Pregos (N)
Perpendicular às Fibras Resistência à ruptura Resistência à ruptura Paralelas às Fibras Transversal às Fibras
Resistência à ruptura
Verde 5,20 11,77
Seca 6,77 15,49

Classificação da Cor do Cerne: Marrom


Árvore

Tora

Corte tangencial

Casca

Seção transversal